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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

ENTREVISTA - Paola Dy Chaves afirma: há discriminação com as bailarinas negras


Paola Dy Chaves é linda, simpática e envolvente. Mas não tem dúvida ao afirmar: há preconceito com as bailarinas negras.

Em entrevista ao SEX369, ela faz esta e outras afirmações importantes. Confira!

SEX369 - Como é a rotina do seu trabalho como bailarina?
Paola Dy Chaves - Hoje é bem tranquilo. Posso me dar ao luxo de escolher o trabalho. Quero dizer, não tenho mais aquela necessidade e desespero de pegar o que aparece.

SEX369 - Qual a sua formação?
Paola Dy Chaves - Sou formada em ballet clássico pela Academia Tânia Ferreira.

SEX369 - Teve que enfrentar muitos desafios para se tornar bailarina?
Paola Dy Chaves - Tive uma criação severa, minha mãe sempre priorizou o meu estudo. Isso interferiu no que eu realmente amo, que é dançar.

SEX369 - Você já desfilou como modelo?
Paola Dy Chaves - Sim. Quando era mais nova, fiz cursos de modelo, desfilei. Mas sempre que o trabalho como modelo atrapalhava os meus estudos, a minha mãe podava. Voltei a dançar ha quatro anos e, depois disso, surgiram convites para desfiles e eu fiz alguns trabalhos.

SEX369 - Quais os principais espetáculos e trabalhos em que já dançou?
Paola Dy Chaves - Assim que assumi que dançar era o que me fazia feliz, entrei no corpo de baile das 'Noites do Terror', do extinto Playcenter. Assim que acabou a temporada, comecei a fazer gogo dancer em baladas. Surgiu oportunidade de embarcar para o Caribe e dançar em um navio, mas achei nove meses fora muito tempo. Para a minha surpresa, entrei em uma Companhia de dança e fui parar na Turquia. Quando voltei ao Brasil, tive a oportunidade de fazer shows performáticos em casas noturnas e boates, assim conheci um pouco o "mundo da noite".

SEX369 - Você gostou de trabalhar no "Mundo da Noite" e fazer alguns trabalhos sensuais como gogo dancer?
Paola Dy Chaves - Fazer trabalhos sensuais abriu e fechou algumas portas. Eu gostei, por um tempo foi muito interessante. Fui criada em uma redoma e entrar na noite me apresentou o mundo.

SEX369 - Realizou outros trabalhos sensuais?
Paola Dy Chaves - Sim. Fiz parte do elenco das Coelhinhas, participei de uma edição do Dream Cam e fui considerada a quarta melhor stripper do Brasil em 2012.

SEX369 - Como é o mercado para uma modelo negra?
Paola Dy Chaves - É bem complicado. Já é complicado quando um cliente só quer negras para um trabalho e mais complicado ainda quando os espaços são disputados por negras e brancas. É comum eu ser a única negra nos trabalhos que realizo.

SEX369 - Há discriminação ainda?
Paola Dy Chaves - Sim. A mulher negra é linda. A beleza negra tem traços fortes, mas os padrões impostos pela sociedade nos faz perder um pouco a identidade. Anos atrás a modelo negra tinha que ter cabelo liso e não podia tomar sol. Agora, o cabelo afro está na moda. Uma negra que alisa o cabelo é vítima de piadas por não se assumir. Tem que ter uma cabeça boa para lidar com tudo isso.

SEX369 - Quais são os seus planos para o futuro?
Paola Dy Chaves - Hoje eu sou muito bem casada. Meu marido, que me ajudou muito no começo, me apoia e me dá a segurança de poder estudar algumas áreas da dança que me faltam. Quero parar de trabalhar com eventos daqui uns dois anos, mas antes quero conquistar algumas coisas como entrar em um corpo de ballet da televisão, ser rainha de bateria e fazer mais uma viagem internacional. Depois, planejo abrir meu estúdio de dança e poder passar toda minha experiência para uma nova geração de bailarinas.

SEX369 - Quer deixar mais alguma mensagem para os leitores do SEX369?
Paola Dy Chaves - Sim. Sem querer parecer discurso de Miss (risos), quero que as pessoas que agora sabem um pouco da minha vida, façam como eu e nunca desistam dos seus sonhos. Às vezes a porta abre na última batida.



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Um comentário:

  1. sera? Os trabalhos pornográficos não atrapalham nessa outra area?

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